Assim dizia o Viegas quando lia a "Tabacaria" do Álvaro de Campos:
"_(...) come chicolates, piquena, come chicolates! Olha que não há mais metafísica no mundo senão chicolates.Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.Come, piquena suja, come!(...)"*
E agora, há poucochinho, depois de mais uma crise de bulimia (a quinta de hoje...), resolvi escutar os conselhos sábios da amiga Cat:
_"Aceita os teus limites físicos, querida amiga, aceita que o teu corpo não saiba, nem queira ainda alimentar-se como dantes..."
Também ouvi a doce Rose que, há minutos, me dizia, em tom maternal e em jeito de dica do mês:
-"Vai lá comer amêndoas, miúda!"
E deixei esboçar o primeiro e trémulo sorriso do dia...sim, porque isto de tornar-me anorética, primeiro, e depois bulímica é um osso bem duro de roer e que, ademais, me engasga a alegria...
É aquilo que dizia há dias, em conversa com o pappi, ao telefone:
_"Perde-se e ganha-se todos os dias!" E eu, às aranhas uma vez mais, dei o flanco e deixei que entrasse "o frango" dos ansiolíticos!...
Creio já ter entendido, de uma vez por todas, os "gritos" do corpo quando tem fome, mas estou ainda longe de o ouvir quando como demais e/ou sofregamente....
Vou deixar sair essa voz interior que me persegue, lenta e sussurrada, e me fala assim ao ouvido:
_"Carpe diem, miúda...um dia de cada vez, que a vida é curta, é certo... mas a tua ainda agora começou!"
"_(...) come chicolates, piquena, come chicolates! Olha que não há mais metafísica no mundo senão chicolates.Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.Come, piquena suja, come!(...)"*
E agora, há poucochinho, depois de mais uma crise de bulimia (a quinta de hoje...), resolvi escutar os conselhos sábios da amiga Cat:
_"Aceita os teus limites físicos, querida amiga, aceita que o teu corpo não saiba, nem queira ainda alimentar-se como dantes..."
Também ouvi a doce Rose que, há minutos, me dizia, em tom maternal e em jeito de dica do mês:
-"Vai lá comer amêndoas, miúda!"
E deixei esboçar o primeiro e trémulo sorriso do dia...sim, porque isto de tornar-me anorética, primeiro, e depois bulímica é um osso bem duro de roer e que, ademais, me engasga a alegria...
É aquilo que dizia há dias, em conversa com o pappi, ao telefone:
_"Perde-se e ganha-se todos os dias!" E eu, às aranhas uma vez mais, dei o flanco e deixei que entrasse "o frango" dos ansiolíticos!...
Creio já ter entendido, de uma vez por todas, os "gritos" do corpo quando tem fome, mas estou ainda longe de o ouvir quando como demais e/ou sofregamente....
Vou deixar sair essa voz interior que me persegue, lenta e sussurrada, e me fala assim ao ouvido:
_"Carpe diem, miúda...um dia de cada vez, que a vida é curta, é certo... mas a tua ainda agora começou!"
E permito-me terminar este post, parafraseando o início do poema do heterónimo de Pessoa:
"Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."*
(momento de dolorosa inspiração, em casa de um amigo que me ofereceu o ombro, 11.04.07, 17h44)
*(in Web)
2 comentários:
Por incrivel que pareça, fiz esta semana uma pintura na parede do meu escritorio que, tem esse começo da Tabacaria do heteronimo do nosso Pessoa, possivelmente, o melhor começo de poesia do mundo...
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